Os impactos causados pela pandemia são pauta para qualquer conversa e, principalmente, nas reuniões estratégias das empresas. Apesar de ninguém saber exatamente o que significa esse chamado “novo normal”, é inegável que o comportamento do consumidor pós pandemia já sofreu alterações, e muitas delas vieram para ficar.
A boa notícia é que, mesmo com dificuldades, é possível que as empresas se preparem e se adaptem a esses novos hábitos, e assim encontrem uma forma de recuperar os possíveis prejuízos sentidos durante a pandemia.
É preciso se adaptar já que momentos ruins sempre existirão, por qualquer que seja o motivo, e a capacidade de se reinventar é um pré-requisito para empreendedores de sucesso.
O mercado empreendedor e a pandemia
As orientações da Organização Mundial de Saúde e dos governos locais para que a população permanecesse em casa para evitar o risco de contaminação pelo Novo Coronavírus impactou não só os hábitos diários, mas também as formas de trabalhar, estudar e, principalmente, de consumir.
A primeira modificação claramente visível é que tudo o que está relacionado ao meio virtual se expandiu. A busca por serviços e compras que pudessem ser realizados ou contratados de maneira online explodiu. De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), algumas lojas virtuais registraram um aumento acima de 180% em compras online no período de 2019 a 2020.
Muitos clientes que até o início da pandemia tinham medo de realizar transações online, venceram essa barreira por falta de alternativas. E esse certamente é um dos primeiros hábitos que vieram para ficar.
Muitas empresas precisaram se adaptar, mesmo sem qualquer preparo para suprir essa nova demanda. Diversos estabelecimentos criaram sistemas de delivery, aprenderam a usar as redes sociais para divulgar o negócio, e também a utilizar a tecnologia para atendimentos virtuais.
Mas agora é hora de pensar no futuro e se preparar para o que está por vir. É preciso entender o que deu certo e aprimorar para aumentar o faturamento e a lucratividade da empresa.
Então, vamos falar agora sobre as mudanças no comportamento do consumidor, que vieram para ficar, e que podem ser grandes oportunidades para quem souber se reinventar nos negócios.
Tendências de comportamento pós pandemia
- Múltiplos canais
Seja por causa do home office ou por terem mais tempo livre, os consumidores estão mais presentes na Internet e, frequentemente, utilizam múltiplos canais em sua jornada de compra.
Para as empresas, essa realidade proporciona a oportunidade de identificar melhor as preferências e necessidades dos clientes. Com essas informações é possível pensar em estratégias muito mais eficientes, que realmente identificam os produtos ou serviços que são do interesse de cada consumidor.
A presença em múltiplos canais também abre a oportunidade para que as empresas interajam de formas diferentes com o público, construindo um relacionamento mais próximo e integrado com as expectativas desses novos consumidores.
2. Movimento “Faça você mesmo” e um círculo de consumo local
A maior disponibilidade de tempo incentivou a prática do “Do it Yourself (DIY)” em muitas pessoas. Elas ganharam motivação acompanhando diversos perfis nas redes sociais que ensinam a fazer produtos em casa e ainda permitem que seja colocada uma visão pessoal em suas produções.
E a visibilidade da rede social traz algumas consequências, como a criação de novos negócios, mas também a percepção de que muitas atividades que antes eram feitas na rua, podem ser realizadas em casa, como os treinos de academia, por exemplo.
Existe também uma tendência a valorização do consumo local, que foi muito incentivada durante a pandemia em prol da sustentabilidade dos pequenos
Então, essa pode ser uma boa oportunidade para que empresas locais invistam em gerar experiências novas aos consumidores, fortalecendo a relação mais próxima e ampliando a possibilidade de recompra ou recontratação.
3. Slowlife e consumo colaborativo
A pandemia também trouxe uma mudança na percepção sobre o que é essencial. Isso gerou uma análise mais crítica sobre o consumo e as necessidades de compra. Muitos consumidores estão analisando os serviços contratados e os produtos consumidos para verificar se realmente são importantes.
As experiências tomam outra proporção e importância e hoje são muito mais valorizadas.
Com tudo isso surge também o consumo colaborativo através de movimentos, iniciativas e novos modelos de negócios que facilitam a sustentabilidade no consumo e na forma de viver. As pessoas estão percebendo que ter acesso ao bem é mais importante do que comprar o bem.
Isso abre as portas para novas formas de negócio. Empresas que vendem produtos podem também oferecer serviços de aluguel, por exemplo, e assim criar uma nova fonte de lucro e modelo de negócio.
Ainda da tempo de se reinventar! Comece agora!
Como você pode ver, a pandemia trouxe muitos desafios mas trouxe também a oportunidade do empreendedor se reinventar e ressignificar a sua forma de conduzir os negócios.
Agora é o momento de transformar todo esse aprendizado em uma estratégia diferenciada para se posicionar nesse mercado em constantes mudanças.